Seminários da Amazônia do Inpa estreia na quinta-feira com o pesquisador Bruce Forsberg

O evento terá dia e horário fixos da semana, toda quinta-feira, às 15h. O primeiro tema será “Represas Andinas: a maior ameaça ao ecossistema fluvial Amazônico”

Na próxima quinta-feira (11), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) dá início aos Seminários da Amazônia, um espaço de debates sobre temas de ponta da pesquisa científica do mundo e da Amazônia, provocativos e que estimulem discussão e aprendizagem. Abertos aos interessados, os encontros acontecerão todas as quintas-feiras, às 15h, no Auditório da Biblioteca do Inpa, na Av. André Araújo, 2936, Petrópolis, zona Sul de Manaus.

Produtivos no passado, os Seminários da Amazônia voltam focados nas ações humanas, nas agendas prioritárias, nas políticas públicas, nas transferências de conhecimento para a sociedade, mas com conteúdo científico de alto nível. O formato também se pretende diferente, tentando fugir do palestrante que fala e a plateia que escuta e faz algumas perguntas.

“Vamos tentar trazer um formato de temas um pouco mais provocativos, que estimulem um debate depois da intervenção do convidado. Ainda serão palestras com notáveis convidados, mas esperamos conseguir despertar, criar um espaço de debate e com um dia fixo para isso”, explicou a coordenadora de Extensão do Inpa e dos Seminários da Amazônia, a pesquisadora Rita Mesquita.

Para a estreia dos Seminários da Amazônia, o pesquisador do Inpa, Dr. Bruce Forsberg, vai falar sobre “Represas Andinas: a maior ameaça ao ecossistema fluvial Amazônico”. Seis novas hidrelétricas planejadas para os principais tributários Andinos causarão grandes impactos à jusante e à montante das barragens.

Segundo Forsberg, as seis usinas hidrelétricas juntas cortarão a maior parte do suprimento de sedimentos e nutrientes para as várzeas e a delta Amazônicas, contaminar os trechos à jusante e à montante com metilmercúrio, reduzir o pulso de inundação e a produção pesqueira à jusante e aumentar as emissões regionais de CO2 e metano. “Então, vamos discutir as consequências dessas mudanças para a estrutura e o funcionamento do ecossistema fluvial Amazônico e às populações regionais.

Bruce Rider Forsberg                                                  

Bruce R. Forsberg possui graduação em Biologia da Michigan State University (1974) e doutorado em Ecology and Behavioral Biology da University of Minnesota (1981). Desde 1981, ele reside e trabalha na Amazônia, onde sua pesquisa tem focado na ecologia, limnologia, biogeoquímica e manejo dos ecossistemas fluviais tropicais. Atualmente é pesquisador titular III da Coordenação de Pesquisas em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. É autor de mais que 70 artigos e 5 livros e tem orientado 25 alunos de mestrado e doutorado. Suas atuais áreas de interesse incluem: 1) a avaliação dos impactos da indústria de petróleo, 2) a biogeoquímica do mercúrio e carbono em ecossistemas fluviais, 3) o manejo do Cichla spp. e Paracheirodon axelrodi, e 5) o desenvolvimento de robôs e sensores ambientais.

Da Redação- Inpa – 

 

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