Operações conduzidas pelo Exército Brasileiro na Amazônia leva a explosivos abandonados por empresa

Os trabalhos de fiscalização em meio à selva amazônica são incontáveis e constantes, como as operações conduzidas pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), com a finalidade de coibir crimes de diversas naturezas.

Foto: Exército Brasileiro

Dessa forma, no mês de novembro, durante as ações levadas a cabo na fiscalização de produtos controlados junto a empresa estrangeira responsável pela concessão da área de exploração para prospecção de petróleo no Brasil, o Exército Brasileiro recebeu a denúncia de abandono de mais de mil funcionários e um campo minado nas proximidades do município de Tefé (a 643 quilômetros distante de Manaus), conhecido como 3D Copaíba e Fazenda Sianê.

Além de instaurar um processo administrativo destinado a sancionar a denúncia de abandono de explosivos por parte da empresa (Geokinetics), o Exército esteve in loco acompanhando o término do processo de restauração da 3D Copaíba. A clareira do projeto, conhecida como clareira 1, fica uma média de 50 minutos de voo de helicóptero do município de Carauari. Esse é o único meio de conseguir chegar até o local. Desde setembro, a empresa BGP havia assumido a continuação das atividades de pesquisa geofísica do solo, prosseguindo nas ações iniciadas pela Geokinetics (que abriu falência).

A região é próxima do município de Tefé e toda a ação desencadeada pelo CMA foi acompanhada pelo Chefe de Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 16ª Brigada de Infantaria de Selva (16ª Bda Inf Sl), Tenente Jeferson Marcelo, que coletou dados e observou toda a execução das ações. Além disso, houve a coordenação do SFPC da 12ª Região Militar (12ª RM).

“Nós, como militares, somos os fiscais da exploração e uso do explosivo. Viemos in locco para garantir que todos os procedimentos e as normas referentes ao Exército Brasileiro estejam sendo cumpridas pela empresa para finalizar este projeto e posteriormente partir para outra conclusão do estudo sísmico”, destacou o tenente que, além de chefe do SFPC da 16ª Bda Inf Sl, é responsável pelo processo administrativo destinado a sancionar sobre a denúncia de abandono de explosivos por parte da empresa Geokinetics noticiado na imprensa.

Atuação do CMA

O CMA tem guarnições militares reconhecidas como as melhores, quando falamos em combate na selva. Responsável pela região dos Estado do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, o Comando conta com uma ampla tropa de especialistas para atuarem diante dos desafios da Região Amazônica, desde o povo indígena até a presença de militares oriundos de outras regiões que completam o processo de consolidação da defesa do território nacional.

Diante da Região Amazônica, os militares que incorporam o CMA carregam consigo, também, o mais importante vetor de colonização, ocupação dos espaços, especialmente os demográficos ainda não existentes, cumprindo o papel social e colaborando com o desenvolvimento das comunidades ribeirinhas, provendo auxílio na saúde, na educação e na geração de pesquisas científicas. presta, dessa forma, uma ajuda inestimável às populações indígenas ribeirinhas.

O trabalho do Exército Brasileiro na Amazônia tem responsabilidades cruciais de atuação nos 9.762 quilômetros de faixa de fronteira com cinco países (Peru, Colômbia, Bolívia, Venezuela e Guiana Inglesa) – espaço que chega a ser o triplo da faixa de fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Fonte: CMA – Operações conduzidas pelo Exército Brasileiro na Amazônia levam a explosivos abandonados por empresa – Noticiário do Exército (eb.mil.br)