Igreja reponde com rapidez e solidariedade ao incêndio que devastou 600 casas em Manaus

Todas as paróquias da capital amazonense funcionam como ponto de coleta de doações para os desabrigados.

Em meio a uma montanha de cinzas e restos de objetos queimados, a solidariedade ganha espaço para ajudar famílias que perderam suas casas. A Igreja de Manaus rapidamente se mobilizou e todas as paróquias estão com as portas abertas para o recolhimento das mais diversas doações para os desabrigados.

Os pontos de coleta dentro das igrejas recebem, principalmente, alimentos, roupas, calçados, colchões, lençóis e travesseiros. Em algumas paróquias, voluntários estão cozinhando para doar as refeições prontas.

Uma das principais articuladoras da rede de solidariedade é a Caritas Arquidiocesana, que logo depois do incêndio se dirigiu à Arquidiocese de Manaus com uma mensagem que dizia que a “Caritas existe para que, nestas situações, a Igreja possa dar uma resposta organizada e efetiva. Nós sabemos como fazer. Tenha certeza que responderemos com generosidade”.

De acordo com o vice-presidente da Caritas Arquidiocesana de Manaus, padre Alcimar Araújo, os desabrigados vivem um momento de muito sofrimento por terem perdido tudo o que tinham. Mesmo com o esforço de alguns em retirar seus bens das casas antes que o fogo se alastrasse, no tumulto muitos objetos foram roubados. “Por outro lado, surge uma dinâmica muito interessante, que é uma onda de solidariedade”, afirmou o vice-presidente.

A Caritas começou a fazer um levantamento social das famílias atingidas para traças as metas de ações daqui para frente. “Nesse primeiro momento todo mundo ajuda, recebemos muita comida, mas com o tempo a solidariedade diminui e é necessário ter planejamento e ação continuada para responder às necessidades desse povo”, explica o padre Alcimar.

O incêndio que consumiu cerca de 600 casas deixou pelo menos 3 mil pessoas do bairro Educandos desabrigadas na madrugada desta terça-feira (18). A região abriga famílias humildes, inclusive o fogo se alastrou rápido porque a maior parte das casas era de palafitas. Dezessete moradores foram encaminhados para os hospitais de Manaus. A prefeitura decretou estado de emergência.

Manuela Castro – Cidade do Vaticano

FONTE: VATICAN NEWS

 

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