Embrapa inicia projeto sobre pesca artesanal em Roraima

Sandro Loris - Expedição percorreu o baixo do Rio Branco, em Roraima, coletando informações sobre a pesca artesanal no Estado

Expedição percorreu o baixo do Rio Branco, em Roraima, coletando informações sobre a pesca artesanal no Estado.

Uma expedição de pesquisa a região do baixo Rio Branco, em Roraima, marcou o início das atividades do projeto PROPESCA no Estado. Intitulado ‘Monitoramento e Gestão Participativa da Pesca Artesanal como Instrumento de Desenvolvimento Sustentável em Comunidades da Região Amazônica’, a iniciativa busca ampliar o conhecimento e melhorar a atividade da pesca artesanal em três estados da região Norte: Roraima, Tocantins e Pará. O projeto conta com financiamento do Fundo Amazônia.

Em Roraima, a primeira atividade do PROPESCA envolveu visita de equipe da Embrapa e do ICMBio (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica) a região do baixo Rio Branco para identificação e georeferenciamento dos ambientes aquáticos em que serão desenvolvidos os trabalhos.

Na oportunidade, também foram realizados os contatos iniciais com as representações do setor pesqueiro (ribeirinhos, produtores, atravessadores e comerciantes) nos municípios de Caracaraí, Rorainópolis e São Luís para sensibilização quanto à atuação do projeto na região.  A pesca é uma atividade importante para Roraima, sendo fonte expressiva de alimento e de renda para as populações ribeirinhas. Atualmente, são mais de seis mil pescadores profissionais em atividade, a maioria deles na região do baixo Rio Branco.

Projeto participativo

Com duração de dois anos, o PROPESCA atuará no acompanhamento e monitoramento da atividade pesqueira, promovendo capacitações sobre boas práticas de manipulação do pescado, educação ambiental e legislação (pesqueira e trabalhista). Também serão desenvolvidos trabalhos com manejo e ecologia pesqueira; organização social (associativismo e cooperativismo); gestão, comercialização e noções de piscicultura com a produção integrada de alimentos.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Sandro Loris, coordenador do projeto em Roraima, o objetivo é gerar informações básicas para subsidiar os tomadores de decisão na execução de políticas públicas voltadas para a atividade da pesca artesanal, setor econômico até então esquecido.

“Este é um projeto participativo, que busca entender a realidade local para, assim, caracterizar a cadeia produtiva da pesca artesanal em Roraima, conhecendo seus entraves e também suas potencialidades”, completa o pesquisador.

Expedição ao baixo Rio Branco

A expedição a região do baixo Rio Branco foi realizada no período de 29 de outubro a 9 de novembro de 2018, percorrendo os rios Branco, Mucajaí e Uraricoera, no estado de Roraima. A viagem foi viabilizada graças a articulação multi-institucional, que contou com a participação de representantes de instituições de pesquisa da região amazônica e envolveu coleta de materiais e dados para diversos projetos. A expedição foi financiada com recursos do Ministério do Meio Ambiente por meio do Programa ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia.

Além das atividades do PROPESCA, a expedição deu início aos estudos para implementação de um protocolo de monitoramento da contaminação por metais pesados em peixes e nas águas da região, projeto coordenado pelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), com participação do CEPAM/ ICMBio (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica), IACTI-RR (Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Roraima), PRONAT/UFRR (Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais), UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e UFAM (Universidade Federal do Amazonas).

Foto: Sandro Loris

Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Roraima

Contatos para a imprensa

Telefone: (95) 4009-7114

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

roraimapropescafundo amazoniapesca artesanal

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *