Calhas dos rios da Amazônia não apresentam mudanças, mas El Niño é monitorado

Defesa Civil acompanha evolução do El Niño, fenômeno atmosférico-oceânico que pode afetar os regimes de chuva de latitudes médias e em regiões tropicais, como é o caso da Amazônia.

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A vazante nos rios amazônicos não apresentou, nos últimos dias, uma evolução significativa. A informação é da Defesa Civil do Estado, que faz uma ressalva: é aguardada com atenção a evolução do ‘El Niño’ para a região. O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Ele altera o clima, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva de latitudes médias e em regiões tropicais, como é o caso da Amazônia.

“Não houve uma evolução significativa do cenário (de vazante dos rios). Nós estamos aguardando a evolução do El Niño, que já se estabeleceu, mas que ainda está fraco. Estamos acompanhando”, informou o órgão em nota.

O último Boletim de Monitoramento Hidrometeorológico da Amazônia Ocidental, que mostra o comportamento atual dos níveis dos rios, em comparação aos dados observados nas respectivas séries históricas, divulgado na última sexta-feira (5) pelo Serviço Geológico do Brasil/CPRM, aponta que a bacia do rio Negro segue em processo de vazante.

Em Barcelos, o nível do rio é alto para o período. No Porto de Manaus, o rio reduziu seu nível em média 19 cm por dia, na última semana, com níveis dentro da normalidade. Ontem, a cota do nível do rio era de 21,33m, baixando três centímetros.

Na bacia do rio Amazonas, as demais estações apontam continuidade processo de vazante, com níveis dentro da normalidade para o período. No boletim, a bacia do rio Madeira também aparece em processo regular de vazante.

Já a do rio Branco também aparece em processo de vazante, mas apresentando reduções de nível nas estações de Boa Vista e Caracaraí, em Roraima.

A bacia do rio Solimões está vazante ao longo de toda sua extensão. Em Tabatinga, o rio que vinha passando por processo crítico de vazante se estabilizou nos últimos dias, indicando um possível fim do ciclo, mas ainda com níveis expressivamente baixos para o período. A mínima histórica registrada é de 13,63 m em 24 de outubro de 2010. A máxima é datada de 29,97m em 29 de maio de 2012.

Conforme o levantamento, na região do alto rio Purus, na cidade de Rio Branco (AC), o rio está em processo crítico de vazante, com níveis expressivamente baixos para o período. A cota do último dia 5 (1,61 m) marcava apenas 31 cm mais alta do que a mínima observada na série histórica (1,30 m), na temporada de 2016.

Fonte: A Crítica

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http://amazonia.org.br/2018/10/calhas-dos-rios-da-amazonia-nao-apresentam-mudancas-mas-el-nino-e-monitorado/                     

 

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