No Mato Grosso, etnia Trumai recebe apoio para produção de alimentos

Fortalecer a segurança alimentar e nutricional para os cerca de 1.400 indígenas da Terra Indígena Kapot Jarinã. Com esse compromisso, a Fundação Nacional do Índio firmou uma parceria com o Instituto Raoni para atender às demandas da etnia Trumai em relação ao preparo de solo para o cultivo de alimentos tradicionais. A área beneficiada chega a 30 hectares distribuídos por quatro aldeias.

Roça da aldeia Wani Wani após a aragem com maquinário. (foto: Patxon Metuktire)

Roça da aldeia Wani Wani após a aragem com trator da TI Kapot Jarinã. (foto: Patxon Metuktire)

Fortalecer a segurança alimentar e nutricional para os cerca de 1.400 indígenas da Terra Indígena Kapot Jarinã. Com esse compromisso, a Fundação Nacional do Índio firmou uma parceria com o Instituto Raoni para atender às demandas da etnia Trumai em relação ao preparo de solo para o cultivo de alimentos tradicionais. A área beneficiada chega a 30 hectares distribuídos por quatro aldeias.

Após arar a roça no início deste mês de agosto, os moradores das aldeias Wani Wani, Piaraçú, Metuktire e Kapot irão cultivar principalmente mandioca de farinha e mandioca de polvilho (tapioca), banana e abacaxi.

O cacique Ararapan Trumai explica que, inicialmente, esses alimentos destinam-se a uma celebração tradicional que reúne as aldeias da TI Kapot Jarinã uma vez por ano.

“Isso é só para iniciar, por causa da cerimônia que vai ter aqui. Eles compreenderam e estão me dando esse apoio. Estou muito contente de ver isso. Eu achava que estava sozinho para fazer. Mas acho que muito importante essa festa que vai acontecer aqui na região dos parentes”, disse o cacique Ararapan.

Cacique Ararapan Trumai e o filho durante o preparo da roça. (foto/:Patxon Metuktire)

Cacique Ararapan Trumai e o filho dele durante o preparo da roça. (foto/:Patxon Metuktire)

De acordo com o coordenador-regional da Funai no norte do Mato Grosso, Patxon Metuktire, a aragem da terra com máquina agrícola vai agilizar o plantio de alimentos tradicionais, mas, sobretudo, aumentar a produção nas aldeias. O projeto aplicou novas técnicas de cultivo e foi acompanhado por um agrônomo e pela própria comunidade local. Outra consequência prevista é a diminuição significativa do uso de fogo no preparo das roças, relata o servidor.

“Além de proporcionarmos segurança alimentar nas aldeias, com a produção de alimentos saudáveis, contribuímos para manutenção da cultura indígena através da oferta de atividades relacionadas ao cotidiano das famílias indígenas”, resume Patxon.

FONTE: FUNAI

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