Pesquisadores criam solução para perda de produtos agrícolas durante a cheia dos rios

A proposta é resolver a situação de ribeirinhos que moram em áreas de várzea e perdem a produção agrícola anualmente durante a subida das águas nos rios da Amazônia.

Uma publicação recente da Academia de Ciências dos EUA revelou que os 6,7 milhões de km² da Amazônia escondem matérias primas capazes de despertar a quarta revolução industrial. Segundos os autores, as tecnologias digitais e biológicas aliadas ao conhecimento tradicional da região Amazônica têm grande potencial de manter a floresta em pé gerando uma economia robusta.

Motivados por essa infinidade de possibilidades em inovação, 70 participantes selecionados de acordo com perfil, potencial e interesse nas áreas de tecnologia, inovação, negócios e impacto social participaram dos três dias de imersão no Sebrae Startup Jungle, o maior evento de Startups da região Norte. A jornada aconteceu no Amazon Jungle Palace onde os participantes foram desafiados a criar modelos de negócios que desenvolvam de maneira sustentável as potencialidades do maior laboratório a céu aberto do mundo.

Os participantes receberam mentoria e foram julgados por profissionais que tenham impacto seus respectivos mercados através da experiência nacional e internacional. Os mentores auxiliaram durante todo o final de semana na moldagem de projetos como: hospedagem colaborativa para população do interior, solução mobile para descarte de resíduos, aplicativo para conectar turistas a roteiros fora do padrão, entre outros.

Matheus Leite soube do evento através da internet e veio de Juiz de Fora (MG) para participar. “Não é todo dia que você pode fazer parte de uma mudança que repensar o papel da Amazônia no mundo, foi isso que me fez sair de casa. Todos que estavam ali presentes poderiam ter ficado entre os três primeiros, nível altíssimo. Meu entendimento sobre a Amazônia teve uma mudança imensurável. É algo extraordinário” conta o publicitário.

Durante o último dia de Sebrae Startup Jungle a movimentação foi intensa entre os participantes, uma pessoa de cada uma das 14 equipes teve 5 minutos para apresentar aos júri o modelo de negócio sustentável que estava sendo trabalhado e planejando durante os três dias.

Competição

Entre os jurados estavam a Diretora-Técnica do Sebrae Amazonas, Lamisse Cavalcanti, André Tapajós, CEO da Tap4 Mobile, empresa local de notoriedade internacional com escritórios em Manaus, São Paulo e no Vale do Silício, Fredson Encarnação, CEO da Fabriq, aceleradora vencedora na região Norte do prêmio FINEP de inovação e também pelo doutor em Ciência da Computação e membro da Academia Brasileira de Ciência, Edileno Moura.

O primeiro lugar da competição ficou com a equipe PEF (Plataforma Eco-Flutuante), formada por Ludmyla Lobo, Kevin Takano, Enderson Araújo e Sintia Lisboa. A proposta é resolver a situação de ribeirinhos que moram em áreas de várzea e perdem sua produção agrícola anualmente durante a cheia. A plataforma é modular e flutuante, feita de materiais recicláveis como garrafa PET e permite o plantio sob o rio. Além das passagens para o CASE, maior evento de startups da América Latina, o grupo também ganhou dois meses no Cardume Coworking, espaço compartilhado de trabalho.

Já o segundo lugar ficou com a equipe NaTora, cujo projeto consiste no redesign das embalagens de cosméticos com a finalidade de evitar as milhares de resíduos jogados nos rios diariamente além de incentivar a reutilização de embalagens nos consumidores, outra vantagem apresentada pelo grupo é de que a produção dos produtos seria feita por artesãos locais através de materiais como resinas encontrados na natureza.

A equipe Life Club levou o terceiro lugar da competição com um projeto de clube de assinatura onde os usuários podem receber todo tipo de informações sobre uma vida saudável independente do local em que estejam. O aplicativo se propõe a oferecer opções para quem escolheu um estilo de vida saudável mesmo que não esteja na sua cidade, atividades físicas e comidas orgânicas são algumas dessas vantagens a serem oferecidas pelo projeto.

Fonte: A Crítica
Com informações da assessoria de imprensa

 

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