Museu Goeldi chega aos 148 anos unindo tradição e modernidade

O Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) completa 148 anos na próxima segunda-feira (6) e, para comemorar o aniversário do mais tradicional centro de pesquisa e divulgação da sociobiodiversidade amazônica, a instituição preparou uma série de atividades especiais até o fim do mês. Confira o vídeo teaser da programação clicando aqui.

Quem visitar o Parque Zoobotânico do Goeldi durante o mês de outubro poderá participar de oficinas, exposições, peças teatrais e performances artísticas ao ar livre. A agenda começa nos dias 7 e 8, com o Programa Natureza, paródia de programa de auditório na qual personagens da floresta, como o macaco Ximbica, divulgam informações científicas de forma lúdica, com brincadeiras, teatro e distribuição de cartilhas educativas.

A atividade dedicada aos visitantes infanto-juvenis acontece a partir das 9h no espaço Raízes, “coração” do Parque. O programa ainda inclui uma oficina de peças em barro e argila, na qual será ensinada um pouco sobre a cultura e a arqueologia tapajônica e marajoara, por meio da confecção de cerâmica.

Memória em cena – Na quinta-feira (9), Emílio Goeldi receberá os visitantes na entrada, juntamente com outras personalidades que marcaram a história da instituição nos séculos XIX e XX, como Jacques Huber e Emília Snethlage. Trata-se da ação “Memória em Cena”, na qual bolsistas do Museu se caracterizam e interpretam ex-diretores da instituição, levando o público a um passeio pelo passado do Parque, que é o mais antigo do Brasil em seu gênero.

No mesmo dia, um dos salões de exposição do 33º Arte Pará abre as portas no Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna (Rocinha), às 10h. A abertura do espaço acontecerá às 9h30, com a apresentação do Coral de Portel, grupo de crianças do município marajoara que interpreta músicas em português e na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Parte da programação do aniversário do Museu Goeldi integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que busca envolver a comunidade em atividades relacionadas ao tema do evento.

A VI Olimpíada de Ciências da Flona de Caxiuanã, que acontece de 13 a 19 deste mês, faz parte da SNCT. Realizada na Estação Científica Ferreira Penna, uma das bases de pesquisa do Museu, a Olimpíada tem o objetivo de formar laços com a comunidade para desenvolver ações de educação sobre a biodiversidade e sustentabilidade.

No dia 24 acontece no Zoobotânico a abertura da exposição Ka’apor, organizada pela pesquisadora Cláudia Lopes e pela Coordenação de Museologia do MPEG. A exposição mostra por meio de vídeos e paineis a história, a cultura e hábitos do povo Ka’apor. O principal costume a ser apresentado é a Festa do Kawin, um ritual que dura cerca de dois dias, no qual são realizados vários ritos de passagem, como a nominação das crianças, a iniciação feminina, casamentos e a posse do cacique.

O projeto “Potencialização e valorização do saber do idoso: uma proposta socioeducativa para a terceira idade”, em atividade no Museu desde 2005, fará uma programação voltada aos freqüentadores a partir dos 65 anos de idade. É a oficina “Essências da Amazônia e sua utilização”, no dia 14 de outubro, na qual os participantes receberão informações sobre plantas medicinais e as essências da região amazônica e como manipulá-las. Fechando o mês, o grupo de idosos do projeto vai encenar a peça teatral “Foi boto, Sinhá”. A apresentação será no dia 29, no Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, do Parque Zoobotânico.

Compartilhaço – Presente nas mídias sociais desde 2010, o Museu Goeldi também vai integrar seus seguidores em suas comemorações de aniversário. Este mês, nos perfis do Facebook e Twitter da instituição, será lançada a hashtag #MPEG148.

A ação busca estimular a interatividade entre o público online e o Goeldi. Para participar do “compartilhaço”, os seguidores do Museu nas mídias sócias podem compartilhar imagens com a hashtag #MPEG148 feitas no Parque Zoobotânico, no Campus de Pesquisa, na Estação Científica Ferreira Penna em Caxiuanã ou em eventos realizados pelo Museu Goeldi, como seminários, exposições e ações educativas. Ao compartilhar o conteúdo, o visitante deve marcar o Museu na publicação, para que seja possível visualizá-la.

148 anos de Ciência e Educação – Inicialmente chamado de Museu Paraense, o MPEG foi fundado em Belém no dia 6 de outubro de 1866. Sua origem está na Associação Philomática (Amigos da Ciência), cuja missão era estudar e retratar a natureza amazônica.  Em 1893, assume a direção da instituição o pesquisador e naturalista suíço Emílio Goeldi. Em sua gestão, são implementadas mudanças que deram forma ao que se conhece atualmente como as bases físicas do Museu, caso da construção do Parque Zoobotânico.

Como um Museu de Ciência e Educação, o Goeldi investe em pesquisa, construindo o conhecimento sobre a sociobiodiversidade amazônica em parceria com diversas instituições científicas e com a comunidade.

A pesquisa na instituição está distribuída em quatro grandes áreas: Botânica, Zoologia, Ciências da Terra e Ecologia e Ciências Humanas (Antropologia, Arqueologia e Linguística Indígena), desenvolvidas nas três bases físicas do Museu e em suas ações de ensino, como o Clube do Pesquisador Mirim e os programas de pós-graduação realizados em parceria com instituições de ensino superior no Pará.

Texto: João Cunha e Mayara Maciel

FONTE : Agência Museu Goeldi

http://www.museu-goeldi.br/portal/content/museu-goeldi-chega-aos-148-anos-unindo-tradi-o-e-modernidade

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