As decisões da primeira Conferência Mundial dos Povos Indígenas terão impactos concretos nas vidas de milhões de pessoas, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em seu pronunciamento de abertura do evento nesta segunda-feira (22). Os povos indígenas são 5% da população mundial e um terço da população rural mundial (de 900 milhões de pessoas) em condição de extrema pobreza.
Durante dois dias, a Conferência, que reúne mais de mil representantes dos povos indígenas, chefes de estado, autoridades das Nações Unidas e líderes de instituições nacionais de direitos humanos, vai debater as perspectivas e as práticas a serem adotadas para assegurar os direitos dos povos indígenas. Para o secretário-geral, o sucesso da iniciativa é parte integrante do progresso de toda a humanidade.
Avanços significantes foram alcançados desde a adoção da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas da Nações Unidas em 2007; porém, estas populações continuam enfrentando muitos obstáculos na luta pelo direito à terra e aos recursos naturais.
No primeiro dia do evento em Nova York, os países-membros da ONU assinaram um documento que garante a renovação de seu compromisso à causa indígena e à Declaração da ONU e reafirmaram a cooperação com os povos indígenas para obter o consentimento livre, prévio e consciente dos povos indígenas antes da implementação de mudanças legislativas ou administrativas que possam afetá-los.
A Conferência terá três mesas redondas e um painel de discussão com representantes de entidades do sistema das Nações Unidas, a sociedade civil e instituições nacionais de direitos humanos e finaliza dia 23 de setembro.