Mistério amazônico da minitorre branca é berçário de aranha

Cientistas descobrem que as curiosas estruturas encontradas em árvores da Amazônia peruana são feitas por aranhas.  Falta só descobrir de que espécie se trata.

Berçário: cerca branca de dois centímetros de comprimento encontrada na Amazônia – Postada em: AMAZÔMIA.ORG.BR

Aranhas são as responsáveis pelas pequenas estruturas brancas semelhantes a uma torre com uma cerca de teia ao redor encontradas em árvores da Amazônia peruana, revelaram cientistas.  A descoberta põe fim a um mistério que se arrastava desde junho do ano passado.

Naquele mês, o estudante Troy Alexander, um doutorando da faculdade de Georgia Tech, descobriu a formação bizarra no fundo de uma lona azul próximo ao Centro de Pesquisa Tambopata, no sudeste da floresta.  Ele, então, encontrou mais três exemplares em outros troncos de árvores na região, e enviou as fotos para entomologistas, especialistas em insetos.  Ninguém conseguiu dizer o que se tratava.

O mistério foi resolvido apenas em dezembro, quando uma expedição de pesquisadores visitou o local. A revista americana Wired acompanhou a equipe, que descobriu serem aranhas, de uma espécie ainda não identificada, as responsáveis pela obra.

Inúmeras hipóteses a respeito dos autores da estrutura já haviam sido levantadas, indo de borboletas à besouros. Mas no dia 16 de dezembro, os cientistas souberam exatamente do que se tratava.

Em uma das estruturas encontradas numa árvore, eles viram dois dos ovos eclodirem e deles saíram dois pequenos filhotes de aranha, que ficaram correndo ao redor da base das estruturas. No dia seguinte, um terceiro ovo foi chocado e deu origem a outra pequenina aranha.

Agora que a equipe já sabe que está lidando com um tipo de berçário de aranha, eles ainda quebram a cabeça para conhecer a espécie em questão.

Segundo os cientistas, uma aranha que coloca apenas um ovo em um local particular é algo excepcionalmente raro, sem falar da quantidade de tempo gasto na criação da estrutura. Será preciso ainda algum tempo para conhecermos a espécie que está por trás dessa criação.

Fonte: Revista Exame

PUBLICADO POR:   AMAZÔNIA.ORG.BR

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