MPF, governo de Rondônia e parceiros promovem ação social para povo Cinta Larga

Começa nesta sexta-feira, 22 de novembro, e termina no domingo, 24, a 1ª Ação Social Cinta Larga. Destinada aos indígenas da etnia Cinta Larga, a ação envolve diversos órgãos públicos na promoção do acesso à documentação básica, serviços de saúde, inscrição em benefícios sociais e orientações sobre assistência técnica (piscicultura), recursos minerais, entre outros assuntos. Com a ação, os órgãos pretendem quebrar o paradigma de abandono do governo em relação aos indígenas Cinta Larga. 

A ação será realizada na escola rural Diva Tereza Ferreira, no assentamento Canaã, próxima à Base Bradesco, cerca de 80 quilômetros do centro de Espigão do Oeste. A abertura da ação acontecerá no dia 22 de novembro, às 8h, no local.

A iniciativa envolve diversos órgãos parceiros: Ministério Público Federal (MPF); Secretaria Estadual de Ação Social (Seas), Casa Militar e várias outras secretarias do governo de Rondônia; Funai; Secretaria de Saúde Indígena (Sesai); TRE; DNPM; 17ª Brigada de Infantaria de Selva; INSS; Emater; prefeituras de Espigão D’Oeste e Pimenta Bueno; e a Coordenação das Organizações Indígenas do Povo Cinta Larga.

A ação terá logística para transporte dos indígenas, alojamento e alimentação das equipes de trabalho, tendas para consultas médicas, exames clínicos e atendimentos sociais, palestras para os adultos e recreações para as crianças indígenas, entre outros.

Serão atendidos, nos três dias da Ação Social Cinta Larga, índios das aldeias Capitão Cardoso, Jacinto, Sapecado, Tonhão, Cinta Larga, Giki, 14 de Abril, Abimae, Flor da Serra, Roosevelt, Curral, Tenente Marques, João Bravo, Geraldo, Agamenon e Vicente. Após os atendimentos aos indígenas, serão atendidos os moradores do assentamento Canaã e das comunidades próximas.

Grupo Clamor – A 1ª Ação Social Cinta Larga é resultado direto dos trabalhos do Grupo Clamor – ‘Cinta Larga: Amigos em Movimento pelo Resgate’, parceria entre o MPF e a sociedade para pensar estratégias para amenizar a situação em que se encontra o povo Cinta Larga. O evento foi sugerido pela Seas durante uma reunião pública realizada pelo Grupo Clamor com representantes dos poderes públicos e instituições locais, no dia 23 de setembro, na OAB/RO.

Para Reginaldo Trindade, procurador da República responsável pela defesa do povo Cinta Larga em Rondônia, “será um momento ímpar para, ao lado da prestação de serviços essenciais aos índios, romper, de vez, com o total abandono, dos índios, pelo Estado brasileiro. Os índios sempre se consideraram – e estiveram – abandonados pelo Governo do Brasil. Esse trabalho vem para inverter esse paradigma e, quem sabe, iniciar um novo tempo para o tão sofrido povo tradicional”.

FONTE  :  Assessoria de Comunicação /  Ministério Público Federal

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