Ibama instala duas bases importantes em zonas críticas de desmate no oeste do Pará

O Ibama acaba de instalar uma base fixa de fiscalização na BR-163 (Cuiabá-Santarém), na altura de Trairão/PA, e outra nas imediações de Castelo dos Sonhos, no oeste do Pará. Cerca de 120 homens, entre agentes ambientais federais, militares da Força Nacional e da PM do Pará, além de soldados do Exército Brasileiro, que participam desde quarta-feira (12/06) da Operação Hileia Pátria na região, foram deslocados de Novo Progresso para ocupar as duas áreas críticas em ocorrências de desmatamentos ilegais.  

Com a medida, o instituto pretende travar as rotas estratégicas para a entrada e saída de tratores e caminhões envolvidos em explorações de madeira e desmates no sul de Itaituba e Altamira. “Vamos intensificar as ações de combate aos desflorestamentos, com ênfase na descapitalização do infrator, apreendendo mais bens e retirando-os de lá com a logística fornecida pelo Exército Brasileiro”, afirmou o coordenador da operação, o analista ambiental do Ibama Luciano Silva. Um caminhão-prancha da Divisão de Engenharia do Exército e um helicóptero militar já estão em Castelo dos Sonhos para transportar parte do maquinário em poder do Ibama.

Nas primeiras ações da Hileia Pátria, 10 serrarias suspeitas de participar em esquemas de receptação de madeira ilegal foram vistoriadas em Trairão: apenas uma estava legal. Quatro delas eram fantasmas e tiveram o acesso ao mercado florestal bloqueado pelo Ibama. Outras cinco foram embargadas por fraudes na emissão de Guias Florestais. Os agentes apreenderam 1,9 mil m³ de madeira em tora, 1,1 mil m³ de madeira serrada e um caminhão toreiro. Um total de 145m³ de madeira já foi doado pelo instituto à prefeitura para aplicar em obras sociais.

Uma exploração ilegal de madeira foi interrompida em quase mil hectares de floresta em terras da União, em Cachoeira da Serra, a cerca de 70 km de Castelo dos Sonhos. A equipe de fiscalização flagrou cinco pessoas no acampamento do desmate, incluindo um menor, além do responsável pela exploração que foi multado em R$ 4,5 milhões pelos danos à vegetação nativa amazônica. Foram apreendidos dois tratores, uma motosserra, duas motos, além de bombas de abastecimento de combustível e lubrificação.

FONTE  :  ASCOM/IBAMA

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