Resex Chico Mendes faz maior apreensão de madeira

A Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre, acaba de divulgar os resultados da Operação Porvir, que promoveu a maior apreensão de madeira ilegal já vista na região da Resex. Em barreiras noturnas, montadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a unidade, foram apreendidos dois caminhões com cerca de 30 m³ de madeira serrada, no valor estimado de R$ 45.500. No total, foram aplicados R$ 26.572 em multas. Uma marcenaria foi embargada por receptar madeira ilegal. 

Planejada pela Coordenação Geral de Proteção (CGPro) do ICMBio, a Operação Porvir contou com o apoio da Polícia Federal e do Batalhão de Polícia Ambiental do Acre. As ações em campo foram feitas entre os dias 1º e 13 passados. Os agentes vistoriaram serrarias e marcenarias suspeitas de receber madeira ilegal da reserva, além de notificar ocupantes irregulares de terras públicas na unidade de conservação (UC).

Foram emitidos, pelo menos, oito autos de infração – ““Isso porque estamos sendo brandos nas autuações””, disse a chefe da Resex, Silvana Souza. Dois deles referentes à derrubada de castanheiras (Bertholetia excelsa), uma árvore protegida pelo decreto federal 5.975/2006, que proíbe sua exploração para fins madeireiros. Foram encontrados ainda vários tocos de castanheiras cortadas no interior da Resex, num total de 20 m³, material avaliado em R$ 15.000.

Outra espécie importante como produto não madeireiro é a copaibeira. Durante a operação, foram encontradas duas árvores derrubadas, 4 m³ serrados dentro da UC e mais 3 m³ de madeira serrada numa marcenaria da cidade de Brasiléia. A Policia Federal fez o flagrante do responsável pela marcenaria, que não tinha nenhum tipo de licença válida para o funcionamento.

““Temos uma máfia da madeira formada no município de Brasiléia, que desmata e retira madeira ilegal de dentro da Resex Chico Mendes”. A quadrilha é formada com a participação batedores, que circulam de moto pelos ramais e olheiros na cidade de Brasiléia, que usam o celular como meio de comunicação para vigiar os agentes de fiscalização, além de caminhões e camionetes para escoar a madeira para a cidade no período da madrugada”, disse o coordenador da operação, Fluvio Mascarenhas, do ICMBio.

A parceria com a Polícia Federal e a Polícia Ambiental do Acre foi decisiva para o êxito da operação, assim como a colaboração da Prefeitura de Brasiléia. A iniciativa contou ainda com o apoio das Associações Concessionárias (Amoprex, Amopreab, Amoprebe).

FONTE  :  Comunicação ICMBio

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