Copaibeiras no foco da preservação – Pesquisadores e comunidades unem forças para preservar espécie e gerar renda

O projeto Manejo das Populações de Copaíba, executado na parceria da Mineração Rio do Norte com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), inventariou mais de 4 mil copaibeiras no Platô Monte Branco e produziu mais de 3 mil mudas para o enriquecimento populacional das copaibeiras em 2012. É mais um balanço positivo do segundo ano do projeto que proporciona capacitação e assessoria técnica para as comunidades do Alto Trombetas, com foco no manejo sustentável dessas espécies.

 

Desde 2011, as comunidades do Jamari e Curuçá Mirim passaram a interagir de forma diferente com as copaibeiras. Antes da troca de experiências com os pesquisadores do INPA, o trabalho de extração do óleo da espécie para comercialização era feito de forma artesanal e muitas vezes predatória. Sem o conhecimento necessário, muitas árvores jovens acabavam perfuradas prematuramente, o que reduzia o tempo de vida delas. O produto retirado também não atendia as necessidades dos produtores locais.

A aproximação dos comunitários com os cientistas vem transformando positivamente essa relação. Durante todo o ano de 2012, as copaibeiras existentes nas bordas, encostas e vales do platô Monte Branco, onde as comunidades exercem suas atividades de coleta, foram inventariadas. O platô fica localizado em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, área de atuação da mineradora. 

As ações ambientais em prol da preservação das espécies de copaíba começaram com treinamentos para entender a dinâmica do projeto, coleta de amostras das madeiras de copaíba para estudo pelo INPA e inventário das espécies presentes no platô – um trabalho sucessivo e complexo que envolve 28 famílias.  

O projeto vem disseminando técnicas de cultivo entre as comunidades, como explica o engenheiro florestal e coordenador do trabalho pelo INPA, Antenor Barbosa. “Temos duas preocupações macro nesse projeto. A primeira é manter o vínculo da comunidade com a tradição de extração do óleo. A segunda é repassar tecnologia de como extrair, armazenar e cultivar a copaíba”, salienta.  

O primeiro passo para o processo de manejo é saber quantas são as árvores existentes no platô, a idade delas e em que condições estão. “Nem todas podem ser perfuradas para extração do óleo. Somente as árvores a partir de 35 centímetros de diâmetro”, explica o coordenador da pesquisa.  

Os benefícios do projeto estão chegando para a comunidade do Curuçá-Mirim, onde dez famílias sobrevivem da produção de farinha, coleta da castanha e beneficiamento da copaíba. Antônio Marcos Salgado, líder comunitário que trabalha com a extração do óleo desde os quinze anos de idade, enumera os avanços proporcionados pela iniciativa. “A gente sabia muito da prática de tirar o óleo, mas estamos aprendendo muito com o projeto. O tamanho, a idade e outras coisas interferem na cor do óleo que é extraído. Também aprendemos que não devemos deixar a árvore aberta, porque senão ela seca e não produz mais”, relata. “É uma boa experiência pra nós. Vamos ensinar nossa comunidade a manejar a copaíba de forma sustentável. E o bom é que, quando vamos com os pesquisadores, a gente não só ajuda na identificação das árvores, como também já faz a coleta do óleo”, diz.

 

O projeto de Manejo das Copaíbas integra uma rede de projetos desenvolvidos pela Mineração Rio do Norte e faz parte do Programa de Educação Socioembiental (PES), que contempla outros 11 projetos distribuídos nos pilares de saúde e segurança, meio ambiente, educação e desenvolvimento sustentável.

 

 

 

Érica Bernardo – Analista de Comunicação

Mineração Rio do Norte

(93) 3549 7606/ 9122 9253

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