Rio+20 – Cientistas devem propor metas de sustentabilidade

A comunidade científica está preparando um documento oficial para entregar aos políticos que participarão da Rio+20, com sua visão sobre os rumos que o planeta precisa tomar para alcançar o desenvolvimento sustentável. O texto será o resultado dos debates promovidos ao longo da semana, no Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, que acontece na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

A Rio+20 é uma conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que acontece no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22. Em sua fase final, o evento deve reunir mais de cem chefes de Estado para debater o tema.

 

Segundo Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o texto publicado ao fim do Fórum, na sexta-feira (15), será um “aperfeiçoamento” dos resultados do último congresso científico voltado para o tema. Em março, o “Planet Under Pressure” (“Planeta sob pressão”, em inglês) foi realizado em Londres, na Inglaterra.

“Nós [cientistas] temos que encontrar soluções que são viáveis do ponto de vista tecnológico e do ponto de vista econômico, que a gente consiga dar as melhores soluções, as soluções do nosso interesse para essa questão”, afirmou o ministro.

“Não é só dizer que nós temos que seguir essa ou aquela meta, nós temos que começar a ter uma governança também, uma institucionalização da coisa, para que a gente possa acompanhar o que todos estão fazendo e podermos comparar”, completou.

O documento final do Fórum será entregue para os participantes da reunião da ONU, que levarão em conta vários outros aspectos – econômicos e políticos, por exemplo – na definição de novas políticas globais a partir da Rio+20.

“Eu sou ministro, eu tenho que fazer um pouco de política também”, disse Raupp, que integra a delegação brasileira na reunião, sobre como fazer valer os interesses dos cientistas.

‘Planet Under Pressure’
O texto de Londres sugere a formação de um grupo regular de análise de sustentabilidade, para melhorar a integração entre as instituições de pesquisa científica e os responsáveis pelas decisões políticas.

O encontro também pediu dos cientistas novos mecanismos para melhorar o diálogo com a sociedade em várias escalas, para que as políticas sustentáveis tenham maior entrada junto ao público. Além disso, o documento apontou a necessidade por novas abordagens de pesquisa, “mais integradas, internacionais e orientadas para soluções”.

Por outro lado, os cientistas reunidos em Londres também concluíram que os governos precisam investir mais em pesquisas, sobretudo nos países em desenvolvimento, e que é necessário continuar explorando novas áreas do conhecimento.

Para que esses objetivos sejam atingidos, o grupo vê a Rio+20 como uma boa oportunidade para o estabelecimento de novas políticas. Entre as medidas a serem tomadas, o documento sugere a criação de metas de desenvolvimento sustentável – e o cumprimento delas – e a reestruturação de instituições nacionais e internacionais em direção a uma política adequada aos objetivos.

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