Rio+20 – A Amazônia para além da floresta

Contar a história da Amazônia a partir da produção artística é a proposta da Exposição Amazônia – ciclos da modernidade – que abre hoje, 28 de maio, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na cidade do Rio de Janeiro. A exposição apresenta retrato da região desde o século XVIII, passando por Iluminismo, ciclo da Borracha, Modernismo e Contemporaneidade.

Das dez salas da exposição, uma delas é ocupada com objetos da coleção de etnografia do Museu Paraense Emílio Goeldi, assim como fotos de vários ambientes do seu Parque Zoobotânico. Segundo o curador da exposição do Museu Goeldi, Nelson Sanjad, o objetivo é apresentar o saber sobre a Amazônia produzido “por uma instituição da região merece uma avaliação historiográfica capaz de compreender o novo tipo de ciência introduzido, suas perspectivas iniciais e seus desdobramentos em linhas de pesquisa, campos de investigação e grandes cientistas”, sob a luz do modelo de modernidade produzido pelo capital acumulado com a borracha.

Em janeiro desse ano, o curador e crítico de arte Paulo Herkenhoff visitou o Museu Goeldi buscando dados para organizar a exposição “Amazônia, ciclos de modernidade”. Na ocasião, Herkenhoff conheceu as coleções etnográfica e arqueológica do MPEG e declarou: “Apenas corroboro o que todos acham. O Museu é espetacular. O Museu Goeldi é um dos centros básicos da cultura do País. Aqui está a alma mais profunda do Brasil”, conclui o crítico.

Para Herkenhoff, “O valor da exposição é de buscar não uma totalidade, até por que ninguém tem condições de fazer uma totalização do que seja a Amazônia. Quem vive aqui sabe muito bem disso. Mas, sim, buscar constituir uma certa rede de olhares que crie caminhos, que abra perspectivas e, aomesmo tempo, seja um espaço de convergência de pesquisadores, de saberes diferentes, etc.”

A exposição, que faz parte da programação da Rio+20, reúne cerca de 300 obras pertencentes aos acervos de instituições brasileiras, como Museu do Índio, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de Belém, entre outras. A exposição segue em cartaz no CCBB até o dia 22 de julho.

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