Mil e duzentos alevinos das espécies tambaqui e matrinxã foram apreendidos, na tarde de quinta-feira, no quilômetro 60 da BR-401, em direção ao Município de Bonfim, na fronteira com a Guiana, pelo Pelotão Especial de Fronteira do Comando da Policia do Interior (PMRR). Os peixes seriam levados para o Suriname por um holandês chamado Braian Loyd.
Os alevinos foram encaminhados para o Comando Independente da Polícia Ambiental (Cipa) e depois entregues para o Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Lá foi feita a contagem antes de serem doados para o Faculdade Estácio Atual, que mantém tanques de piscicultura.
Conforme o comandante do Pelotão, José Lima, o holandês já passou diversas vezes pelo Estado praticando ações dessa natureza, mas essa é a primeira vez que foi preso. Além dos peixes vivos, foram apreendidos ainda quatro isopores com peixes congelados, outro com queijo e mais enxofre. “Essa ação foi uma surpresa porque achávamos que nunca iríamos fazer esse tipo de apreensão. O Grupamento de Policiamento de Fronteira foi criado para combater biopirataria, temos atuado de forma preventiva e repressiva”, disse, ao citar que o holandês estava sem guia de transporte e sem nota fiscal.
Ele relatou que já apreenderam equipamentos de mergulho, 150 sacos de alho e cerca de 600 peças de roupas, tapetes e um veículo Fiat Estrada Adventure. Os materiais apreendidos vieram de Lethem, na Guiana. Segundo Lima, o Pelotão foi implantado recentemente nos municípios de Bonfim e Pacaraima para trabalhar de forma mais intensa. “Estamos combatendo o descaminho e o contrabando em nosso país”, ressaltou.
A multa para quem pratica crime ambiental varia entre R$ 50,00 a 50 milhões. No momento da apreensão, o holandês não foi multado porque o órgão competente não estava no local, mas ele foi entregue para a Polícia Federal de Bonfim.
FONTE: Folha de Boa Vista