Rio+20: agenda “reenfocada” preocupa ambientalistas

Um sopro de ar fresco parece estar sendo lançado sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentado, a Rio+20, que será realizada em junho próximo, no Rio de Janeiro. A julgar pela listagem dos “assuntos críticos” contidos no chamado Draft Zero, o documento elaborado pelas autoridades brasileiras para estabelecer a agenda do evento e, não menos, pelas reações negativas do aparato ambientalista a ele, é possível que o bom senso e o realismo estejam começando a se manifestar de uma forma mais incisiva nessa área crucial para a determinação do futuro próximo de toda a Humanidade. Igualmente, é possível que a tradição diplomática brasileira em relação aos temas ambientais, que se manifestava no início da década de 1970, por intermédio de luminares como o embaixador Araújo Castro e intelectuais do porte de Josué de Castro, que alertavam sobre as intenções subreptícias do Establishment anglo-americano, esteja renascendo em resposta às pretensões de “congelar” o desenvolvimento sob pretextos ambientais.

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Brasil quer transformar Rio+20 em um ‘G20 sustentável’, dizem europeus

Falta de foco em propostas da cúpula é criticada por ambientalistas. Cúpula da ONU acontece em junho deste ano, no Rio de Janeiro.

A menos de cinco meses da conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, autoridades políticas e líderes ambientalistas europeus estão preocupados com a suposta “falta de foco” das propostas feitas pelo governo do Brasil, organizador do evento. Continuar lendo Brasil quer transformar Rio+20 em um ‘G20 sustentável’, dizem europeus

Problemas continuam sem respostas após reunião com presidência da Funai, dizem indígenas

Cerca de 200 lideranças indígenas da região do Médio Xingu, cujas aldeias estão na área de influência da hidrelétrica de Belo Monte, participaram nesta quarta, 25, de uma nova rodada de negociações com o governo e a empresa Norte Energia, sobre ações de mitigação de impactos da usina. A reunião havia sido marcada em 1 de dezembro do ano passado, após uma tumultuada discussão sobre problemas no cumprimento das medidas emergenciais em andamento, e que havia levantado uma série de questionamentos sobre o Plano Básico Ambiental (PBA), que definirá as ações compensatórias de longo prazo. Continuar lendo Problemas continuam sem respostas após reunião com presidência da Funai, dizem indígenas

Mais uma vez indígenas do Alto Envira denunciam o descaso na área de saúde

O Conselho Indigenista Missionário – CIMI – está divulgando a denuncia dos índios da Região do Alto Envira, no Acre, sobre o abandono dessas populações. Integra da carta:

Terra indígena Ashaninka Isolados do Rio Envira

Sr. Antonio Alves.

Secretário Nacional da Saúde Indígena.

Nós Ashaninka e Madihá, do Alto Rio Envira, viemos publicamente denunciar com o descaso da saúde que vem acontecendo em nossa região.

 – Há muitas de nossas crianças vem sendo vítimas de epidemias de ataque de diarréia, vômito, febre e outros tipos de enfermidade.

 – Em nossas comunidades não existe saneamento básico. Só há um monte de material de construção estragado.

 – Há dois anos a equipe de saúde não sobe para fazer qualquer trabalho na área de saúde.

 – Quando conseguimos chegar com os pacientes até a cidade de Feijó, ficamos a mercê da sorte, não recebemos tratamento adequado, ficamos na beira do barranco, não recebemos combustível de volta e nem alimentação.

 – Choramos as mortes de nossas crianças que morrem a míngua. A última que morreu foi próximo do Natal, quando a gente vinha descendo a remo em busca de socorro até a cidade de Feijó. Tivemos que enterrar na beira do barranco nos seringais dos brancos.

 Senhor secretário por ocasião de sua visita ao pólo, entregamos em mão o nosso documento falando de nossos sofrimentos e buscamos alternativas.

 Feijó, 24 de janeiro de 2012.

FONTE: CIMI