Operação Ágata reprime tráfico e contrabando na Amazônia

As Forças Armadas, em conjunto com órgãos federais, estão realizando desde o início deste mês a Operação Ágata, na fronteira do Brasil com a Colômbia. O “Fantástico” acompanhou por seis dias a operação, que com 3.500 homens, visa reforçar a vigilância na fronteira e coibir  o tráfico de drogas e armas, contrabando e crimes ambientais.

A Operação Ágata, resultado de um acordo entre Brasil e Colômbia, não tem prazo para terminar. Estão sendo utilizados na operação helicópteros de ataque, caças da Força Aérea Brasileira (FAB) e o veículo aéreo não tripulado (Vant), uma aeronave controlada à distância.

O Vant é de fabricação israelense e está sendo usado pela primeira vez no Brasil. O veículo tem seis metros de comprimento, é equipado com duas câmeras de alta definição e consegue voar até dezesseis horas seguidas a uma altitude de quatro mil metros com velocidade máxima de 110 quilômetros por hora.

Os pousos e decolagens do Vant são automáticos, mas o piloto também pode usar um controle remoto. As câmeras do Vant são controladas por um joystick.  “Eu posso movimentar e direcionar as câmeras para um setor determinado que eu queria olhar, ou ficar procurando, fazendo uma varredura em determinada área. Posso também modificar o zoom da imagem aproximando ou afastando da área que eu quero olhar. As imagens são enviadas por satélite em tempo real”, disse o major Leandro Rogério Cambuí da Silveira, oficial de inteligência da FAB.

Pista clandestina
Durante os dias em que o “Fantástico” acompanhou a operação, o Vant identificou uma pista de pouso clandestina em São Gabriel da Cachoeira, a 70 quilômetros da fronteira com a Colômbia. Segundo o Exército, a pista seria usada por traficantes como ponto de apoio no transporte de drogas.

Quatro caças da FAB foram equipados com bombas, que carregam quase 200 quilos de explosivos cada uma, para destruir a pista clandestina.  “O objetivo é fazer um buraco na pista para a aeronave não pousar”, disse o tenente Marcelo Menezes Teixeira.

“Uma pista não controlada, qualquer aeronave pode estar pousando ali pra fazer um abastecimento, para deixar droga, contrabando de armas, utilização as mais variadas do crime organizado. A utilização é justamente você eliminar essas pistas pra conseguir com que essas atividades ilícitas, elas não consigam a logística de apoio” afirmou o tenente-coronel Fernando Mauro.

Durante a operação, os militares também identificaram uma área de desmatamento ilegal dentro de uma reserva indígena. Uma aeronave da FAB foi deslocada para a região e registrou uma serraria em funcionamento. Agentes federais e militares apreenderam a madeira extraída ilegalmente.

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