Representantes e chefes de Estado do Brasil, Alemanha, Noruega e Reino Unido assinam tratado que promete mudar o destino da Amazônia

Na manhã desta terça-feira (14), o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Sarney Filho, apresentou durante a conferência Amazon Bonn os dados sobre desmatamento em Unidades de Conservação da Amazônia. O evento promoveu debates por uma economia de baixo carbono na região amazônica, com crescimento e respeito às culturas regionais. E, mesmo com dados positivos que demonstram uma redução no número de desmatamentos no último mês, foi demonstrada a importância de continuar lutando por respostas melhores.

Amazon Bonn durante a COP 23, na Alemanha. Foto: Giulia Bottini Jardim

O evento acontece em paralelo à programação da COP23, que acontece em Bonn, na Alemanha, de 6 a 17 de novembro, e contou com a presença de ministros do Meio Ambiente do Brasil, da Alemanha e da Noruega, além de uma representante do Reino Unido, país que participa pela primeira vez dessa união pela preservação da Amazônia. Também estiveram presentes os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins) e representantes da sociedade civil, inclusive grupos indígenas que tiveram a oportunidade de dar sua opinião sobre o assunto e mostrar como são diretamente afetados pelo desmatamento.

Entre os temas da discussão, estavam presentes a cooperação internacional, o financiamento da proteção florestal e como os fundos internacionais e as entidades privadas podem contribuir ainda mais para a conservação do bioma amazônico. Além disso, o Brasil prometeu desmatamento zero até 2030, conforme firmado no Acordo de Paris. Ao final dos debates um acordo foi assinado, garantindo que todos os envolvidos se comprometam com iniciativas que fiscalizam e protejam a Amazônia da degradação por meio dos órgãos estaduais do meio ambiente.

O Governador do Estado do Pará, Simão Jatene, conta que se quisermos continuar reduzindo e mantendo baixo o nível de desmatamento na Amazônia, precisaremos de soluções específicas que deem conta da diversidade que é a floresta. Em entrevista, ele diz: “Cada estado tem uma unidade na Amazônia como um todo, mas tem desafios particulares. Eu acredito que essa entrada do Reino Unido se vier no sentido de fortalecimento dessas iniciativas subnacionais que já vem mostrando resultado, nós vamos poder avançar na redução, mas mais do que isso, garantir que o padrão de desmatamento se mantenha baixo”.

O cacique Raoni Metuktire, também participou do evento e aproveitou a oportunidade para pedir a ajuda aos governantes para que seus povos pudessem manter seus territórios, que é o que mais se mantiveram intactos ao longo dos anos. Em entrevista, o cacique Raoni diz: “Há muito tempo eu venho falando sobre a preservação das águas e da floresta e agora percebo que alguns governos também começaram a se preocupar com isso. E tudo o que eu escutei aqui vai ser importante para continuar com o processo de preservação, pois eu estou preocupado com o meu povo, com as comunidades indígenas e com todo o mundo”. (Traduzido do Caiapó para o Português por Patxon Metuktire)

Por Giulia Bottini Jardim – de Bonn, na Alemanha
Fonte: Amazônia.org.br

 

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