Suiá Missú – Famílias ateiam fogo à bandeira em protesto à saída de área em MT

No quinto dia de desocupação da Terra Indígena de Marãiwatsédé, no município de Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, os produtores rurais rasgaram e atearam fogo à bandeira do Brasil em retaliação à retirada forçada. A desocupação inciou no dia 10 de dezembro, por determinação da Justiça Federal.

Produtores ateiam fogo à bandeira nacional em protesto à desocupação de Marãiwatsédé (Foto: Reprodução/TVCA)
Produtores ateiam fogo à bandeira nacional em protesto à desocupação de Marãiwatsédé (Foto: Reprodução/TVCA)

Nesta sexta-feira (14), algumas famílias que aceitaram ir para o assentamento Santa Rita, situado nos domínios do município de Ribeirão Cascalheira, a 893 quilômetros de Cuiabá, descobriram que o assentamento oferecido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já está ocupado por outros posseiros.

O agricultor Jairo Carvalho Bezerra foi um dos que tentaram entrar na nova área, mas foi impedido. “Cheguei lá e os homens [posseiros] não deixaram eu entrar. Disseram que lá não entra e que se conseguir não sabe como vai sair”, relatou.

O presidente do assentamento oferecido aos agricultores de Posto da Mata, Luiz de Oliveira, confirmou que a área já está ocupada e que os trabalhadores que lá estão não aceitam os futuros assentados. “Que eu saiba no assentamento não tem vaga. Todos os lotes têm dono”, declarou.

O Incra, via assessoria de imprensa, informou desconhecer o problema. O órgão disse que o assentamento em questão tem 300 lotes e 157 famílias oriundas do Posto da Mata já foram cadastradas, mas apenas 80 atenderam os critérios do programa de reassentamento rural.

Desocupação

De acordo com o plano estabelecido pelos órgãos da União, as primeiras propriedades atingidas são aquelas consideradas de grande porte. Todo território onde a desocupação deve ocorrer foi dividido em 4 partes, segundo informou a Fundação Nacional do Índio (Funai). A primeira ação de desocupação terminou em confronto entre agentes da Força de Segurança e produtores rurais. Houve registros de feridos dos dois lados.

A estimativa é que até neste sábado (15) seja encerrada a primeira fase. Até nesta sexta-feira (14), o processo de desocupação da área indígena Marãiwatsédé chegou oficialmente a 20 mil hectares de terra.

Os próximos a serem atingidos pela desocupação são os médios produtores, os pequenos e, por último, a população residente no distrito de Posto da Mata.

Os policiais federais também investigam ameaças feitas a membros da força-tarefa do governo federal e diversas denúncias, como coerção de ocupantes que querem sair da terra indígena mas são impedidos e o uso indevido de ônibus escolares de prefeituras da região para transportar manifestantes aos bloqueios nas rodovias.

FONTE : G1 – G1 – Famílias ateiam fogo à bandeira em protesto à saída de área em MT – notícias em Mato Grosso (globo.com)

Um comentário em “Suiá Missú – Famílias ateiam fogo à bandeira em protesto à saída de área em MT”

  1. acho um absurdo oque está acontecendo naquela região, aquelas terras não eram indigenas e sim foi feito uma doação aos povos indigenas.
    Tem muitas famílias que vivem naquelas terras e que saindo de lá não tem pra onde ir, sem falar que são produtores de alimentos.
    A grande maioria da população brasileira e até estrangeiros não sabem, e muitos fingem não saber, da verdadeira realidade das tradições indígenas, quando muitos produtores de alimentos são conhecidos com “assassinos da mata”, na verdade os maiores “assassinos” são os povos indígenas que conforme suas tradições fazem os cercos com fogo para cercar as suas caças onde sempre, todos os anos acontecem as queimadas nas nossos florestas, porém toda a imprensa e o poder público fazem com que todos pensem que foram os agricultores e os pecuariasta que causam estes incêndios, sendo que são este agropecuarista que produzem o alimento para todo o povo.
    Sobre aquelas terras os indios receberam outra area para se assentarem e aceitaram desocupar essas 165 mil hectares. porém tem pessoas por trás de tudo isso que não aceitam tirar os indios de lá por haver grandes interesses sobre essas areas. Os índios estão apoiando os produtores e isto não é mostrado pela imprensa.
    TENHO UMA GRANDE DÚVIDA.
    Pra que tanta terra para os índio se a grande maioria está vivendo nas cidades?
    Porque recebem pensões?
    Não recebem jusgamento dos seus crimes?
    Andar com S10, Hilux, e quem paga?
    Porque tanta diferença?
    REALMENTE O QUE ACONTECE NO BRASIL É UM MISTÉRIO PARA MUITOS.

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